É Jim, pessoas ficam estranhas quando a gente se estranha.
Eu andei me estranhando. Foram dias de solidão, solidão de mim!
Sei que tu também já te sentiu assim: como se as ruas fossem irregulares, como se ninguém lembrasse teu nome, enfim, como um viajante na tempestade.
Cara, esse fim de semana alguém me mandou olhar no espelho. Eu olhei.
Sabia que aos 13 eu cantava Satisfaction repetidamente na sala vazia da minha casa? Ri alto quando vi isso aqui dentro. Lembrei também que eu curtia pra caramba as baladas do Guns [uma pena ter faltado a aquele show]. Sabe Risin, respeitar a vontade dos outros nem sempre dá certo. A gente se perde [e se estranha].
Falando nisso, lembrei do tempo em que eu não sabia se era uma felizarda nessa cidade das luzes ou apenas mais um anjo perdido. Olhando pra ali agora, eu vejo que não era nem uma coisa nem outra. Eu só sigo experimentando a vida mesmo, tentando explorar o que dá [mas não se engane hein, eu ainda sou careta!].
Sabe qual é o meu problema, cara?! É que não posso passar tanto tempo sem olhar pra dentro, senão fico ali como uma esponja, absorvendo os outros, e tudo o quem vem com eles. Ouvi dizer que tu também já passou por isso.
Queria ter discutido essas coisas contigo em cada taça de Gato Negro que tomei nos últimos anos [assim não teria que ter conversado com tanta gente chata].
Eu sei que tu tem seguidores por aqui, mas ainda não me aproximei tanto deles. Pelo menos consegui olhar pra dentro de novo, e isso já é ótimo, neh?! Agora me reconheço e as pessoas voltaram a me encontrar. Elas sabem meu nome, e eu não vejo mais rostos feios. Definitivamente, não sou um anjo perdido (e te prometo passar dos 27!).
Mojo Mojo, nunca tive a pretensão de lançar anagramas por aí, mas agora estou até pensando em acelerar certos projetos [vê se dá uma forcinha ta?!].
.
.
Ah, minha tattoo vai ser dos Beatles [tu sabe que eles sempre estiveram aqui]. Mas eu ando tão Doors, Jim!
Ontem mesmo me peguei frente ao espelho, fazendo careta e cantando:
Come on baby, light my fire!
.
Eu sei, agora é só deixar rolar!
28 de abril de 2010
13 de abril de 2010
Espatódea
Existem dez anos já, entre o que sou hoje e o que seria de mim sem ele. Eu entendo que ali nasci de novo, porque uma alegria sem medida se abriu com seus olhos, uma culpa de não conseguir fazê-lo feliz me acompanha desde seu primeiro choro e um amor indescritível me envolve desde que o tomei em meus braços: naquele 14 de abril de 2000. Depois dele, eu nunca mais estive sozinha, porque mesmo quando a gente se separa, os sentimentos que nasceram com ele me acompanham: vem aquele medo de que algo de ruim o aconteça, aquela ansiedade de vê-lo voltando logo, e a total incompletude de nunca mais ser eu mesma [porque também sou ele agora].
Engraçado como naquele dia me dividi e, ainda assim, me senti mais forte, mais humana, mais responsável pela vida nossa. Desde então, sou outra, e agradeço a Deus todos os dias por isso.
.
Meu amor [Minha cor, Minha flor, Minha cara]
Não sei se o mundo é bom,
Mas ele ficou melhor
Quando você chegou
E perguntou:
Tem lugar pra mim?
.
Engraçado como naquele dia me dividi e, ainda assim, me senti mais forte, mais humana, mais responsável pela vida nossa. Desde então, sou outra, e agradeço a Deus todos os dias por isso.
.
Meu amor [Minha cor, Minha flor, Minha cara]
Não sei se o mundo é bom,
Mas ele ficou melhor
Quando você chegou
E perguntou:
Tem lugar pra mim?
.
8 de abril de 2010
Meu curioso caso ...
Confirmei minha tese de que percepção consiste numa tríade: de experiência, sensibilidade e momento. Por isso um filme nunca é. Ele torna-se. Torna-se algo pra mim e outro algo pra você [tudo depende de quem somos no instante da percepção].
.
Nesta semana, eu me rendi a O Curioso Caso de Benjamin Button, apesar de vários comentários contra. Sim, eu percebi seus clichês e os equívocos de Fincher. Mas, sinceramente, não liguei pra nada disso. Foram duas horas e 40 minutos de pura magia, de diálogos intensos e de complexas reflexões sobre minha própria linha do tempo. Eu já pensava, cá com meus botões, que não é o tempo que nos diferencia dos outros, mas as fases a que o tempo nos permitiu chegar. E Benjamin Button é a figura dessa minha fábula: sua narrativa trata da luta entre o tempo (que é igual para os dois amantes) e as fases no tempo (desgraçadamente diferentes para eles).
Ao contrário da interpretação de muitos, Button me mostrou que o tempo não é soberano. Ele age sobre nós, sim, mas são as escolhas que fazemos sobre o tempo que mudam nosso caminho. Há tempo para tudo o que queremos fazer, e para todas as pessoas que queremos ser. Não é o tempo quem nos diz o que escolher agora – nós fazemos nosso próprio tempo. Somos diferentes e nos sentimos diferentes, mas vamos todos na mesma direção – cada um por seu próprio caminho.
Alguma crítica me disse que a única chance de amar que aqueles personagens tinham estava na época em que ambos aparentavam idades semelhantes. Discordo. Não existia apenas um momento deles para o amor – eles amaram até o final – existia, sim, uma escolha sobre o tempo. Eles escolheram estar juntos, no tempo da relação, e amar por toda a vida, independente da idade.
Depois de Button, eu nunca mais culparei o tempo por nada [e sugiro que você faça a mesma coisa]. Afinal, “nossa vida é definida pelas oportunidades” (tanto por aquelas que abraçamos, quanto por aquelas que deixamos partir).
.
.
Também depois de Button não confio mais em críticas cinematográficas [nem de profissionais, nem de amigos].
.
Nesta semana, eu me rendi a O Curioso Caso de Benjamin Button, apesar de vários comentários contra. Sim, eu percebi seus clichês e os equívocos de Fincher. Mas, sinceramente, não liguei pra nada disso. Foram duas horas e 40 minutos de pura magia, de diálogos intensos e de complexas reflexões sobre minha própria linha do tempo. Eu já pensava, cá com meus botões, que não é o tempo que nos diferencia dos outros, mas as fases a que o tempo nos permitiu chegar. E Benjamin Button é a figura dessa minha fábula: sua narrativa trata da luta entre o tempo (que é igual para os dois amantes) e as fases no tempo (desgraçadamente diferentes para eles).
Ao contrário da interpretação de muitos, Button me mostrou que o tempo não é soberano. Ele age sobre nós, sim, mas são as escolhas que fazemos sobre o tempo que mudam nosso caminho. Há tempo para tudo o que queremos fazer, e para todas as pessoas que queremos ser. Não é o tempo quem nos diz o que escolher agora – nós fazemos nosso próprio tempo. Somos diferentes e nos sentimos diferentes, mas vamos todos na mesma direção – cada um por seu próprio caminho.
Alguma crítica me disse que a única chance de amar que aqueles personagens tinham estava na época em que ambos aparentavam idades semelhantes. Discordo. Não existia apenas um momento deles para o amor – eles amaram até o final – existia, sim, uma escolha sobre o tempo. Eles escolheram estar juntos, no tempo da relação, e amar por toda a vida, independente da idade.
Depois de Button, eu nunca mais culparei o tempo por nada [e sugiro que você faça a mesma coisa]. Afinal, “nossa vida é definida pelas oportunidades” (tanto por aquelas que abraçamos, quanto por aquelas que deixamos partir).
.
.
Também depois de Button não confio mais em críticas cinematográficas [nem de profissionais, nem de amigos].
3 de abril de 2010
All you need is love
Ah, a Páscoa me pegou outra vez.
E estou com uma vontade enorme de gritar ao mundo:
.
There's nothing you can do that can't be done
Nothing you can sing that can't be sung
Nothing you can say, but you can learn how the play the game
IT'S EASY
.
Então meus votos de renovação desta vez seguem ao som de Beatles
[porque "all you need is love", sempre!]
E estou com uma vontade enorme de gritar ao mundo:
.
There's nothing you can do that can't be done
Nothing you can sing that can't be sung
Nothing you can say, but you can learn how the play the game
IT'S EASY
.
Então meus votos de renovação desta vez seguem ao som de Beatles
[porque "all you need is love", sempre!]
Assinar:
Postagens (Atom)