25 de maio de 2011

Uma resposta

Sobre a Coluna Conheça seus Direitos – Jornal Frederiquense, publicada em 25 de maio de 2011.


Caro colunista,

Acredito que já tenha sido infeliz na própria escolha do título de seu texto, afinal você questiona a necessidade de profissionais de Jornalismo e de Relações Públicas sem dissertar sobre suas funções e trabalhar esta necessidade no decorrer de seu discurso. Isso me soa como falta de prudência, atitude que tanto critica. Se você sofreu críticas como profissional e estudante de Direito, acredito que não queira cometer os mesmos erros, recaindo sobre afirmações preconceituosas e generalistas. Você diz “confesso que alguns estudantes e profissionais da área jurídica ainda se portam assim (como arrogantes, egoístas, prepotentes, etc), porém, não podemos generalizar a classe”. Da mesma forma, critico-o pela generalização com que trata a “classe” dos estudantes de comunicação.
Ora, você afirma que tem observado que os adjetivos citados acima estão se encaixando mais com estudantes dos cursos de Jornalismo e de Relações Públicas. Acredito não haver maior generalização que esta afirmação. Para isso, utiliza-se de termos imprecisos como “seguidamente”, “várias pessoas”, “muitos casos”, “ouvi vários comentários”. Nós, profissionais da comunicação sabemos que falta de precisão em quantificações pode caracterizar, por vezes, imprecisão no próprio conteúdo e leva a generalizações. Enfim, está sim recaindo sobre os mesmos erros que condena.
Se tem visto declarações irresponsáveis ou falta de conhecimento específico no emprego de termos usados, parece-me que cabe também a você, em sua “consciência cívica”, buscar corrigi-los e, como profissional do Direito, utilizar-se das leis que regem nosso país para reclamar providências legais para as pessoas que se sentirem lesadas. Aliás, fica a dica para que, em sua coluna intitulada “Conheça seus Direitos”, trate justamente de direitos de imagem, liberdade de expressão e outras questões legais concernentes à comunicação social.
Não posso afirmar que não temos alunos “desagradáveis”, até porque para mim ser agradável ou não a alguém é questão que concerne ao gosto e não a objetividades. Mas posso afirmar que “fama” é coisa construída e, assim como a “fama” de profissionais e estudantes de Direito é uma construção social preconceituosa e generalista, seu texto contribui para a construção de igual “fama” aos nossos alunos.
Conceito de verdade, meu caro, é questão filosófica. O profissional de Jornalismo busca informar, a priori, de maneira mais imparcial possível, mas não temos a pretensão de verdade. E se estudantes de Relações Públicas e Jornalismo são críticos frente a situações que se referem a sua atuação profissional, fazem seu papel como pensadores da sociedade, atividade estimulada pela academia. Se falassem sem crítica, se apenas elogiassem todas as ações, ou repetissem-nas, aí sim teríamos que rever o papel da universidade (que seria tecnicista e não reflexiva).
Enquanto analista de discurso devo salientar que o uso de expressões como “se você se sentir ofendido é porque o chapéu serviu” nada mais é do que uma estratégia de intimidação à expressão e à resposta. Pois bem, estou fazendo minha parte, respondendo a sua crítica e dizendo que não podemos generalizar a atuação de nossos alunos por atitudes particulares e que dizem respeito a certas personalidades. Arrogância não se adquire na faculdade, tenho certeza disso, independente do curso que o acadêmico frequenta.
Posso garantir que a qualidade da comunicação social regional tem crescido consideravelmente com a atuação de nossos egressos e de nossos acadêmicos. Portanto, os profissionais de Jornalismo e de Relações Públicas são sim necessários à sociedade – questão que não se deve colocar em xeque. Por fim, deixo aqui minha admiração e meu respeito a todos os acadêmicos que cursam uma graduação construindo seu caminho no próprio caminhar.

Coluna Conheça seus Direitos

Uma crítica:

8 de maio de 2011

da minha oração



Jovens de 15 anos: meu filho em 2015.
Tenho 4 anos para fazer valer alguns desejos:

- que ele continue ouvindo o que gosta e não o que preenche a playlist dos outros;
- que ele seja inventivo no que veste, e não o faça pensando nos uniformes desfilados em boates da moda;
- que ele nunca julgue o diferente como anormal e respeite toda a diversidade;
- que cada rock do seu violão continue inquietando a alma, e que não desista de experimentar sempre um outro instrumento.
- que idéias loucas façam parte da sua vida e que ele permaneça saudável para colocá-las em prática;
- que ele não caiba em um rótulo;
- que ele encontre algum caminho de espiritualidade;
- que ele cultive toda a forma de amor;
- que leia livros [impressos ou digitais], mas que saiba valorizar também as histórias cotidianas, rotineiras, de familiares e amigos;
- que ele não agrade a todos e se, por isso, produzir desafetos, que pense na dor e no amor que cada um deles traz consigo e respeite-os;
- Enfim, desejo que meu filho seja um jovem feliz, de um jeito único, só dele.

E FELIZ DIA DAS MÃES PARA QUEM DESEJA [QUASE] A MESMA COISA PARA OS SEUS!