Depois que a gente se depara com o outro e se permite a compreensão da alteridade, alguma coisa muda aqui dentro - e não há como ser o mesmo. Dividir a vida com o Léo, nesse ano que passou, me trouxe muitos sentimentos bons e dentre eles a admiração pela torcida xavante. Ontem, essa admiração cresceu, mas não porque o Brasil de Pelotas foi campeão da divisão de acesso e está agora no grupo de elite do futebol gaúcho, mas porque a torcida que invadiu o campo depois da vitória respeitou o adversário e abraçou com carinho os jogadores do São Paulo que temiam ali qualquer tipo de humilhação. Estufei o peito quando a repórter de campo da TVCOM corrigiu os comentaristas que davam conta de criticar o avanço imediato da torcida sobre o campo do Bento Freitas: "só pra destacar, Gustavo, que esses torcedores estão abraçando também os jogadores do São Paulo, num ato de respeito". A gente desacreditou na humanidade neh?! Costumamos rotular qualquer manifestação de glória no esporte como um fanatismo violento. Mas a torcida xavante mostrou ser diferente - exaltou a persistência de quem torce por tradição, de quem respeita a história, de quem acredita na força do coletivo. Nem preciso dizer que agora me soam muito mais comoventes os relatos daquele ano de 2009. Entendo a dor do pelotense em perder nenhum parente, nenhum amigo pessoal e, ainda assim, sentir o luto arder no peito - porque a torcida xavante é uma família, unida na alegria e na tristeza. Então fica aqui um PARABÉNS bem grandão para os meus vizinhos de arquibancada, e um MUITO OBRIGADA, Léo, Raquel, Gabriel, Rogério, Carlinhos, Cascudo ... por essa lição de respeito e amor.
21 de julho de 2013
4 de julho de 2013
Meu vício tardio
Até o mês de maio desse ano, eu não sabia o que era ter TV a cabo em casa. Pois bem, justo nesse período de intensa produção acadêmica, conseguimos uma promoção bem amiga, e agora a Sky é toda nossa!
Nos idos da faculdade, com a Net "emprestada" dos apartamentos vizinhos, eu formei uma preferência por programas de decoração e beleza. adorava People&Arts, GNT, e Discovery H&H, e nunca me liguei em seriados da Net. Acontece que agora, com filho adolescente em casa, descobri o prazer de assistir Friends (reprisado pela Warner ao meio dia e à tardinha).
E foi assim mesmo, por dica do meu filho, que cheguei até esses seis aí. No início desconfiei, parecia lembrar os filmes bobinhos da Jennifer Aniston, mas bastou assistir dois capítulos, por insistência do Gui, e me rendi completamente. Os personagens representam a amizade que sonhamos viver quando entramos na faculdade, lembram crises que todos tivemos e ainda temos vez em quando - por causa do amor, do trabalho, das cobranças sociais -, e acima de tudo fazem isso num ritmo de dar inveja a qualquer Sai de Baixo, Grande Família ou Pé na Cova. Nem preciso dizer que Friends se tornou meu seriado favorito (mais que Punky ou Barrados no Baile) e meu sonho de consumo agora é aquele Box com todas as temporadas. #ficaadica!
Nos idos da faculdade, com a Net "emprestada" dos apartamentos vizinhos, eu formei uma preferência por programas de decoração e beleza. adorava People&Arts, GNT, e Discovery H&H, e nunca me liguei em seriados da Net. Acontece que agora, com filho adolescente em casa, descobri o prazer de assistir Friends (reprisado pela Warner ao meio dia e à tardinha).
E foi assim mesmo, por dica do meu filho, que cheguei até esses seis aí. No início desconfiei, parecia lembrar os filmes bobinhos da Jennifer Aniston, mas bastou assistir dois capítulos, por insistência do Gui, e me rendi completamente. Os personagens representam a amizade que sonhamos viver quando entramos na faculdade, lembram crises que todos tivemos e ainda temos vez em quando - por causa do amor, do trabalho, das cobranças sociais -, e acima de tudo fazem isso num ritmo de dar inveja a qualquer Sai de Baixo, Grande Família ou Pé na Cova. Nem preciso dizer que Friends se tornou meu seriado favorito (mais que Punky ou Barrados no Baile) e meu sonho de consumo agora é aquele Box com todas as temporadas. #ficaadica!
25 de junho de 2013
Quando o noivo adere ao DIY
Meses atrás, postei uma foto de uma mesinha super cool, que trazia como suporte uma imitação da Torre Eiffel. Meu noivo é engenheiro, tem uma metalúrgica, e gosta tanto de mim que não esqueceu a "dica". No último fim de semana ele me presenteou com uma réplica da mesinha. Nem preciso dizer que A-MEI, neh?! É uma delícia saber que alguém te observa tão de perto e dedica um tempo precioso pra te ver mais feliz. O resultado do empenho, está aí [e ainda veio acompanhada de flores ;) ]:
Depois dos trinta ...
Eu preciso manifestar publicamente a alegria que senti esta manhã pós-aniversário em ver mais de 400 mensagens no Facebook com votos de felicidades, além de várias ligações e mensagens no celular. Sinto-me realmente muito feliz e abençoada. Tenho uma família imperfeita, mas linda e unida; um filho cheio de vida e amor; um noivo que me prende pelo bem que me faz - e pela família parceira que me emprestou; colegas de trabalhos que me estimulam a crescer; alunos que me desafiam dia a dia; amigos que acumulei em 31 anos de vida e que me acompanham de pertinho ou à distância. Eu tive mestres que revelaram generosidade em dividir comigo suas lições de vida; tenho boas lembranças de pessoas que passaram por meu caminho e deixaram cheiro de rosas; e agradeço pelo fato de os maus terem simplesmente "passado". E o melhor disso tudo é sentir que a vida está apenas começando. Obrigada!
19 de junho de 2013
Camisa/Vestido
Se alguém da família fez cirurgia de redução de estômago, um regime ultraviolento, ou quase morreu na esteira da academia de tanto caminhar, deixando roupas obsoletas da época de gordinho, você pode dar um jeito nelas. Veja que dica mais amadinha para um vestido multiuso [a gente pode trocar os cintos, as blusinhas de baixo, as meias, etc]. E o melhor é que não pede altos dotes artesanais.
13 de junho de 2013
Sobre os nossos ativismos...
Não há como ficar calada diante da capa da Folha de São Paulo de ontem, 12 de junho, em que manifestantes de São Paulo são chamados de vândalos, enquanto turcos são considerados ativistas. A "regra é clara" na semiótica: a escolha dos signos traz consigo ideologias e revela as mazelas da nossa mídia.
E o que o discurso dessa capa demonstra? Começa por caracterizar nossa mania de invalidar o que é daqui, menosprezando as ações dos brasileiros. Passa por nossa insistência em deixar as coisas como estão, pra depois culpar os políticos pela legislação. E termina na incapacidade que temos de problematizar os fatos, o que resulta na redução de tudo a certo ou errado, legal ou ilegal, praticável ou insano. Eloísa Klein (muito melhor que a #donahelô), resumiu bem o tratamento da Rede Globo para o assunto:
Mas aí tem sempre um tiozinho pra chamar nossas críticas de "ativismo de sofá" e pra dizer que as polêmicas que circulam nas redes sociais não passam de blábláblá de quem não tem louça pra lavar. Até imagino as pias daqueles ativistas de São Paulo acumulando moscas [como a minha, em Frederico].
Mais valem moscas na cozinha do que na cabeça.
E amém a todos que cultivam sua capacidade de indignação, luta e protesto!
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