2 de agosto de 2011
. petit ballet da solidão .
Todas as noites, sonhos e mentiras vêm nos visitar. Como se fossem truques realizados na magia da escuridão. E toda noite ouço ruídos. Trovoada - a batida de um anúncio perfeito. Não tardou para que gotas d'água ensaiassem um tango qualquer no meu telhado e se parecessem com passos no assoalho. Folhas dançavam lá fora o petit ballet dos ventos e, por vezes, soavam como o arrastar de um violão pelo tapete. A trilha sonora que acompanhava meus devaneios era perfeita; cogitei o fato de que alguém estivesse ali na sala, escolhendo a dedo os vinis que levaria para uma viagem sem volta. Acordei tarde, sem meus melhores discos. Na parede vermelha, uma despedida em giz: 'Pensei em te acordar, mas te vi de olhos fechados e sorriso no rosto, então escolhi te deixar sonhando'. É sempre pior quando levam coisas-nossas e nos deixam os sonhos.
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