12 de julho de 2010

. As duas Fridas .



Frida tornou-se mãe. Enfim ela conseguiu. Eis a primeira semana em que o povoado falou mais nela do que dela. E daqui em diante vai ser assim: Frida mãe, Frida plena, Frida única. Sua vocação sempre foi a maternidade. Foi por isso que ela aguentou aquelas traições. Diego, oras, nunca prestou. Ele falsava o amor e precisava do sexo das outras pra se sentir maior que Frida. Todos sabiam. O povoado comentava. E Frida se fez surda às fofocas. Ela ignorou a família. Engoliu as lágrimas. Sublimou as mágoas. Se pintou linda outra vez: em rosa, em lilás, em amor. Afinal já era tarde pra começar de novo. E agora ela só queria ser mãe. Por vezes disseram que Frida era fraca. Hoje eu penso que Diego se fez sempre mais submisso. E a história vai confirmar minha tese: Frida venceu!
.
Essa é minha homenagem a uma Frida.
A Bravo do mês de julho prestou homenagem a outra.
[e vale a pena conferir!]

Um comentário:

Ali disse...

Carol, que lindo!!
Falando de uma das Fridas: por engano do destino - e ter sido deixada plantada para uma reunião - sob vários protestos me arrastaram pra um museu em Bruxelas onde tinha esse mesmo quadro da foto, ao vivo e à cores! Tinha outros 30, mas estar sob este - e aquele outro da coluna - era como ouvir os gritos, a explosão, a fastídia, a ira, a decepção, a esperança, e o peso de tudo que ela tinha pra dizer.
A gente tb se transforma nela perto dela!!
Beijinho!!